quarta-feira, 7 de abril de 2010

...praça da banheira...

Ri em janeiro choro em abril
não tem poesia!
muito barro na estrada
muito lixo na sarjeta
cheiro de parto prematuro de alma
foi no Haiti foi no Chile agora é aqui
cada um tem a tragédia que NÃO merece
a natureza quando resolve
tomar de volta o que lhe pertence
diz foda-se pra tudo todos e faz a maior sujeira
"quem falou que a vida é justa
não sabe que a vida é só vida
e que não cabe conotação moral
a vida é só vida e não faz questão
se você aprova ou não uma enchente ou uma estiação"...
ca-ra-le-o! tá foda!! dançou a poesia!
muito barro na estrada
muito lixo na sarjeta
cheiro de parto...
vamos que vamos meu povo!
o samba não pode parar...

8 comentários:

Beti Timm disse...

Não há poesia que resista a tanta trsteza e tanta devastação!
O poeta perde seu instinto ao se deparar com algo que não pode mudar, só assistir penosamente!

beijos

Sueli Maia (Mai) disse...

A palavra submerge e afoga-se em meio ao lixo.
Meu lamento é pouco ou nada.
Um forte abraço, Guru.

Unknown disse...

Poxa Guru!

Haja banheira para tanta sujeira e mortes.

Este nunca foi o meu, o nosso Rio de Janeiro, apesar que amo o mar bem cinza e os preúncios e intempéries da natureza, Mas devagar.....


Beijos

Mirse

Lin disse...

É...
Doi!

Barbara disse...

Governo tem culpa sim
Ongs lavadoras de grana têm culpa sim
Há estudos que comprovam que bambuzais seguram a terra de encostas.
Alguém se interessa?

Mas é sim difícil.
Mas
"Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'roll
Uns dias chove, outros dias bate sol
Mas o que eu quero lhe dizer é que a coisa aqui tá preta
É pirueta prá salvar a transação
Que a genta vai teimando...etc"...

Cá na serra também difícil e pelos mesmos motivos - não sabemos promover a prevenção, através das alternativas que a própria natureza oferece.

1 abraço.

Renata de Aragão Lopes disse...

Assunto delicado.
Tristeza infinda.

Um abraço,
doce de lira

Jacinta Dantas disse...

Pois é Guru,
a Natureza, mexida e remexida, perigando a IN(atura);
A insensatez...
E tristeza por todos os lados.
Por aqui, o mar avança, avança.
Um abraço

Erica Vittorazzi disse...

A natureza não pede licença. Mas, morar em cima do lixo? eu sei de quem é a culpa...

E o samba continua...lá em Brasília!

 
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