terça-feira, 19 de abril de 2011

eco(lógico)

...o eco do grito
no oco da gruta

escapa na greta

pra'lém da escarpa

força que fuça
e arrota valente
na grota ingrata
que abre uma fossa
no escuro da farsa

e brota uma gota

que força uma rota
nem reta nem torta
que gera um jorro
espatifa o jarro

que espanta os ratos

que roem a roupa de rita

que de tão irritada

grita grita grita

até que o eco do grito no oco da gruta
escape grato na greta
pra'lém da escarpa como hálito/bafo do seu desabafo...

11 comentários:

Patrícia Gonçalves disse...

adorei esse grito na gruta, também o grito da rita!

beijos

Ilaine disse...

Guru, amigo! Esse eco tem um ritmo grandioso. As palavras dançam e balançam aos meus olhos. Lindo.

Boa Páscoa, Guru.
Grande abraço.

Unknown disse...

Guru!

Que máximo! Grata, greta, grita grota e gruta, um verdadeiro eco em suas dimensões espiraladas.

Beijão poeta!

Mirze

Sylvio de Alencar. disse...

Guru...

Vc abre uma parte de nossa mente, mexe com nossa poesia, corpo, e emoções. Vibra-se como corda de violino, ou como num riff de uma guitarra, talvez no sopro que passa pela flauta. De varias maneiras nossa alma vibra com você.

Um abraço!

Lin disse...

Ufa!

betina moraes disse...

guru,

desencadear de aberturas que expondo entranhas.

maravilhoso!


um beijo.

Ana Andreolli disse...

hahaha remexida no seu balaio, muito bom!!

=)

Zélia disse...

Lição #2

Sabe amar
quem com
as palavras
sabe lidar.

Perfeito poema! ;)

B disse...

o grito na gruta a força o escuro a gota o jorro a rita que mesmo com a roupa rota mostra um simbolismo no fundo no transfundo de cada verso teu.
Vida esgueirando desde sempre.

Adriana Godoy disse...

Juro que até escutei a música...beleza, Mestre Guru! Beijo

Sylvio de Alencar. disse...

Volto aqui, na cena do crime..., que é creme, nata.

As palavras para nós dirigidas, ressoam; aí, queremos que outros ouçam o seu ressoar.

Por isso aqui estou: para lhe fazer companhia, ouvir sua musical poesia, e o que sua alma nos conta, e como ela faz você se perceber, assim como a gente.

Reli de novo as duas postagens: o grito no oco da gruta de rita; o não saber como são jogados os dados pela providência.

Do segundo poema, que é grito que sai reverberante rolando da gruta, da greta, da rita, o que lhe digo que é musica, tanto que comecei a cantar aqui só, os versos. Ela vai acontecendo com um toque que já é pessoal, seu.

O primeiro poema, ou canto... Uma ode, um grito também, mais suave, mais íntimo, talvez mais uma conversa...; uma oração; que agora li com mais vagar.
Como tudo que bebemos com atenção, atentos aos finos sabores, assim me delicio e me alimento neste momento em que te leio.
Não sou poeta, assim que me direi a vc algo, que talvez lhe sirva.
"...então não me resta nenhuma muleta conceitual
em que me apoiar a não ser na minha
boa e surrada forma de dizer foda-se pro destino..."
Muitas coisas foram ditas e por mim percebidas, de outras poderia falar que assimilei de imediato, ou não; mas, falarei deste trecho acima.
Não há como 'ligar o foda-se'. Não há. Quando falamos isso é porque já começamos a pensar nisso, nessa impossibilidade. Sem duvida existem chaves, sem duvida... Mas essa não é uma delas.

Começar a papear com vc é um perigo, sua riqueza é evidente. Mas, o que rolou agora, aqui, foi só um dos ois que costumo te mandar.

Estamos aqui, aí, companheiro.
Abraços.

 
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