
Sociedade pós-moderna
Deserdada da caverna
Ojeriza das relíquias
Gamada pelo lixo
Luxo mocho no capricho
Baratas emoções
Ordinárias sensações que comovem...
Desmemoriada intuitiva
E de vagas lembranças
Sabe muito do tremor
Quase tudo do tumor
E muito pouco do amor
É de muita superfície
E pouca profundidade
Muito blefe
E pouca verdade
Muito molho
E pouco peixe
Muita vaidade
E pouca caridade
Desbocada e muito louca
Pompa à pampa
E pouca popa
2 comentários:
Aqui há música e muita realidade.
Te manjo, ô nobre Guru, desde quando te assisti num programa "Arrumação" do grande Saulo...daí cantastes "Zé" e eu logo penseidisse: esse cara tem muito pra dizer...não tivesse não teria nascido com este timbre de trovoada.
Tempo passou e confesso que me esqueci de vc...só que há alguns anos voltei lembrar e procurei por discos teus na rede...e nada! agora vejo que tuas obras estão de volta...é isso mesmo? Então me responda a uma que me inquieta: em que disco registrastes a pro teu amigo Zé, que eu tenho certeza deva ter deixado a tristeza de lado acreditando no que sempre pra ele dissestes: que este mundo era todo dele, e que acima de tudo, nossos mistérios sempre foram tão imensos...quanto o de qualquer flOr.
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