terça-feira, 11 de janeiro de 2011

...cupido...

minha escrita é reta como seta
que aponta fálica tipo faca
para o alvo de tua alva alma
onde almejo o beijo fatal
alvejarei a uva e a cereja
que se aninham ali na linha
equidistante entre o antes e o durante
na rota do teu agora
me agrada esse cortejo
sei que ele te excita
isso facilita e melhora a precisão da mira
por onde miro e cobiço tua amora
atesto que meu texto te seduz
esta é minha intenção
porque senão onde residiria
qualquer outra função à poesia?
o poeta é um chacal que pelo verso se traveste de cordeiro
e acredita piamente que o seja mas se trai em cada frase
que não é mais que uma espreita na espera do avanço
no intento do abate sem embate traiçoeiro e fatal

9 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Belos: poema e voz.
Cada palavra exala, soa, sua, entoa... sedução.
Bárbaro!

grande abraço, Guru.
Que este ano canais e portas se abram para tua voz.

Sueli Maia (Mai) disse...

Acabei de assistir "a bola e o vento"...
A melodia prende, a letra é filosofal, e tua voz é forte, é limpa, é rara.

outro abraço

Unknown disse...

Maravilha, Guru!

Espero que o arqueiro, acerte com proeza o alvo que almejas.

Beijos, poeta!

Mirze

Valquíria Calado disse...

Muito bom, abraços amigo guru, feliz ano.

lisa disse...

A poesia aponta alvos e acerta. Belo poema!

Branca disse...

Como sempre, adorei!!


Estava com saudades do seu cantinho.

bjos

Jacinta Dantas disse...

Nossa!
o poema queima, seduz.


É muito legal vir aqui te ler.
Um abraço e bom domingo

Erica Vittorazzi disse...

É Guru, os poetas fazem isto mesmo: Te devoram!!

Beijos

Sylvio de Alencar. disse...

Minha mente, desejo, e coração, caminha junto a sua poesia, lado a lado, focados no mesmo intúito.

Meus olhos também são o de caça.

Leio suas palavras, olho-me com honestidade, e me compreendo em suas palavras, poeta.

Assim é meu fraco coração: um coração de rei.

 
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