...ao vazio que a língua sente
na boca da criança que perdeu o primeiro dente
ao vazio que meu filho sente
por ter um pai ausente
ao vazio da minha sobrinha
que nosso amor não sacia
ao vazio do universo
que seria maior sem nosso verso
ao vazio de todos nós
que é avesso ao preenchimento
deixo aqui o meu tributo
substrato do delírio
abstrato do afeto
a esse doce desespero
açucarado como bala
que dissolve na saliva do tempo...
a beleza flui e tem um quê de melancolia
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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8 comentários:
Belíssimo, guru!
Se.és.vazia não se nada... :)
Fantástico, GURU!
Amo os vazios da alma e da poesia!
Só você poderia preenchê-lo com tanta beleza!
Beijos, poeta e musico!
Mirze
Guru amigo, nem açucarando o tempo perdoa,nem abre mãos de suas armadilhas...Abraço irmão.
Fui dar um chego lá no Rosa e te vi, me deu saudades de ti!
beijinhos
Posso colocar este teu texto no meu Facebook(com os devidos créditos e claro)? Amei!!
É verdade!
O vazio vem acoplado a nossa mente ou ao nosso espírito, não sei.
beijos
Guru, Maravilhoso e tocante...Foi lá na alma...E a beleza sempre trouxe um pouco de vazio. Quem experimenta sabe disso...
bjos Cléo Borges
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