terça-feira, 21 de julho de 2009
sêmen
o silo
é o asilo daquilo
que exila no solo a cela da vida
protege e guarda no falo
o gérmen que livre da sola e do salto
aguarda o pulo...
um grau para grão ir da planta ao pão ao pau
que alimenta sustenta e contém o devir
que em ti excita a fome...
come bebe lambuza e lava o prato
contempla o silo assimila o momento
digere o instante e percebe o auxílio
daquilo que acode sem dor
faz do alimento o remédio
pra que não faças do remédio o alimento
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6 comentários:
Uma visão poética e linda das possibilidades que um grão promove. Gostei do ritmo da cadência da escolha das palavras. Vc é mesmo um artista porreta, meu Guru. Bj
Muito legal!
"O silo é o asilo daquilo que exila no solo a cela da vida"
Coisas de mestres, ou gurus!
Parabéns!
Beijos
Mirse
Caro Guru, conselhos poéticos para vivermos sem dor, muito bom mestre, abraço.
"daquilo que acode sem dor
faz do alimento o remédio
pra que não faças do remédio o alimento"
impermeáveis como remédios placebos somos algumas vezes :nos fazemos acreditar que acreditamos... sempre a espera de germinar algo.
lindo poema.
beijos pra ti, guru.
Anita.
Então venho conhecer o balaio do guru.
Adorei o poema e o anterior.
Voltarei para conhecer todos os gatos desse balaio.
bjs
Rossana
Fiquei muito feliz com sua visita lá no "Entre Marias"... Vim te buscar p/ um novo passeio...
"Remédio ou alimento" é o que encontro por aqui... Remédio para os meus dias sem poesia, alimento para os dias com "fome" de inspiração...
Beijo
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