pela pele
vendo a roupa que te despe
me despeço desta veste que me tece
desato o ultimo nó do novelo
e então nu em pelo
me ofereço como agulha
e invisto em teu tecido
costurando aqui ali
me fazendo teu bordado
adornando teu sentido
tatuando meu desenho
nos locais mais escondidos
me sentindo permitido
me vestindo de você
definindo ponto a ponto
no vai vem do percurso
certa malha de beleza
que me mostra com clareza
que é em ti o meu sudário
sábado, 6 de junho de 2009
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8 comentários:
Beleza de poema, Guru!
Adoro o que escreve!
Há uma sensibilidade incrível!
Parabéns, amigo!
Forte abraço
Mirse
"me despeço desta veste que me tece
desato o ultimo nó do novelo
e então nu em pelo
me ofereço como agulha
e invisto em teu tecido"
um poema na" medida" certa!
Amei!
beijos pra ti, guru. Anita.
Belo, sensual e inteligente. Parabéns! Uma pérola!
...a beleza dessas palavras me faz questionar se quero estar vestida ou nua.
Talvez em pouco dos dois.
Amo.
Gostei. Agora, pensar em sudário tem mesmo tudo a ver com paixão!
uma oração com ritmo e boas imagens.
Eta, Guru, gostei da imagem, dos versos, da ideia...vá se vestir, menino!! Beijo.
Com que malemolência funciona esta máquina de costurar versos? Musicalmente belo, abraço mano.
não tinha visto este aqui, estava viajando... que coisa linda!
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